FERMENTAÇÃO DO PÃO
O
ar contém uma quantidade enorme de microrganismos,
nomeadamente esporos de fungos de levedura (Saccharomyces cerevisiae), que encontram
nas massas de pão as condições adequadas para se
alimentar do amido da farinha. Em
conseqüência da ação desses microrganismos,
o amido divide-se em anidrido carbônico (CO2) e álcool. As bolhas do gás carbônico não
conseguem escapar através da superfície e fazem inchar (crescer) a massa,
tornando-a fofa. Durante o cozimento, ácido carbônico e álcool conseguem escapar, mas o seu efeito fica
na porosidade, sabor e aroma do pão.

O
primeiro pão fermentado teria sido descoberto por acaso. Se uma massa (sem
qualquer fermento adicionado) for deixada ao ar, ela irá levedar. Em função das
condições de temperatura e umidade, o tempo necessário para a fermentação
natural pode variar de entre 4 a 8 horas, mas a massa acabará por levedar. Se
antes de cozer a massa se retirar uma porção da massa levedada, obtêm o
fermento para a próxima fornada. A esta forma de fermentação chama-se
fermentação natural ou "massa velha".
No
entanto, a industrialização trouxe formas mais rápidas de produzir pão. O
fermento de padeiro, que, na grande maioria, é utilizado para a fermentação do
nosso pão, é um concentrado de leveduras (Saccharomyces cerevisiae). Como
concentrado que é, torna a fermentação mais rápida e mais intensa. No entanto,
os mais atentos ao paladar do pão detectam a falta dos sabores e aromas que o
fermento de padeiro não consegue "imitar".
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